Aventura na África (José L. Aquino)

24/06/2013 11:50

Capítulo 4

Robert precisava arriscar, tinha que mostrar o “livro” para Eugène, aquele taxista era um achado fantástico, como um homem como ele fora colocado em seu caminho?

Tamanha riqueza de informações tinha de ser explorada.

O que Eugène, sabia?  Teria ele algum conhecimento sobre aqueles símbolos? Aquelas pessoas, que o fascinavam?

O homem diante dele, era uma fonte de informações?  Bem, não havia outro jeito tinha que começar de algum modo.

Como Eugène o encararia? Um maluco querendo desencavar histórias antigas?

Com base nas informações de Eugène, Robert havia feito alguma pesquisa e agora sabia um pouco mais sobre a região de onde provinha aquele homem.

Mas, pouco lhe acrescentara sobre o que ele sabia haver no “livro”.

— Estive lendo algo sobre alguns eventos históricos, começou Robert.

— Dependendo da fonte, muita coisa é “mascarada”, disse Eugène, mas diga lá o que você descobriu?

Robert faz um resumo do que esteve lendo. — Você acha que isso é muito? Pergunta Eugène. Isso não descreve nada, está longe de ser a história toda, além disso, mal toca em todo o verdadeiro sofrimento pelo qual passamos. E mais, é apenas sobre o que aconteceu aqui mais ao sul.

— O que quer dizer?

— Falo do massacre de nossa cultura, e da maldade que nos foi impingida. A guerra dos Bôeres foi uma guerra de brancos, com interesse de brancos.

Num impulso, sem muito pensar Robert coloca diante do negro o “livro”.

— Você reconhece isso? Pergunta Robert.

— Hum! Deve ser obra de homem branco nunca vi nada assim, mas reconheço que retratam situações e rituais de alguma tribo.

— Só isso? Você não pode me dizer mais nada?

— Sinto muito Sr. Robert. . .

— Examine um pouco mais, veja se reconhece algo.

O negro passa a folhear as páginas sem muito interesse e após algum tempo entrega o “livro” a Robert e dá de ombros; — Sinto muito nada sei sobre isso.

Robert fica desanimado, sem saber o que pensar, tinha tanta certeza que aquele homem seria uma fonte de informações. Ele pergunta ao negro o quanto lhe devia, ao ser informado Robert lhe dá a quantia e se despede do homem.

Sua cabeça está rodando, suas expectativas frustradas, e agora? Para onde ir? Bem precisava com certeza ir para mais próximo de onde parecia que o “livro” indicava com certeza, ele Robert, estava muito ao sul do continente, tinha de ir mais para o centro.

Decidido refaz suas mala e deixa o hotel, dirige-se ao aeroporto e procura onde comprar uma passagem para Kigali. Desejava conhecer a capital do país daquele homem, — em sua mente ainda resta uma esperança de que aja uma ligação, que o encontro não fora de todo por acaso.

No avião, Robert decide olhar com mais atenção o “livro”.

No todo podia ver que retratava cenas do cotidiano, mas com forte relação com o espiritual, em cada cena podia se ver a nítida referência à religiosidade. Os textos “explicativos” não faziam sentido, mas mencionava o Saara e Subsaara, e esta era uma definição europeia para descrever a África ao sul do deserto.

Numa página se podia ver o que parecia uma montanha, mas era um tanto difusa, havia o que parecia fumaça saindo da montanha, embaixo em meio aos textos se podia ler “Ol Doinyo Lengai”.

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